quinta-feira, 31 de agosto de 2017


http://paladar.estadao.com.br/noticias/comida,psicologo-lanca-livro-em-que-discute-relacao-afetiva-entre-o-garfo-e-a-mente,70001938944
No começo do ano, o escritor e psicólogo Gustavo Barcellos fez uma imersão de cinco dias com um grupo de amigos em um sítio em São Francisco Xavier, no interior de São Paulo, para preparar o derradeiro capítulo do livro O Banquete da Psique, lançado nesta quarta-feira, 16, pela Editora Vozes. 
Em torno de um fogão à lenha e embalados por bons vinhos, os convidados (nenhum deles cozinheiro profissional) falaram sobre lembranças de sabores, cheiros e texturas que evocavam suas memórias afetivas. 
Produziram então uma sopa rústica de mandioquinha, que foi servida com pecorino ralado na hora e torradas, bacalhau de nata, ragu de carne, arroz do sertão com charque e paio e bolo de carne. De sobremesa, bolo de cenoura com chocolate e mingau de tapioca.As receitas serviram de “ilustração” para o conceito tratado nas 165 páginas da obra: a psicologia da alimentação. Mestre em Psicologia Clínica pela New School for Social Research de Nova York, membro da Associação Internacional de Psicologia Analítica e fundador dos Cadernos Junguianos, Barcellos buscou, segundo ele, preencher um buraco na literatura sobre o tema. 
Em vez de tratar dos transtornos de alimentação e das patologias causadas pela ansiedade dos comedores compulsivos, ele foi no caminho oposto. “Se retirarmos os transtornos alimentares, a literatura sobre psicologia e gastronomia é praticamente nula. Procurei preencher esse vazio. O livro é um trabalho sobre a imaginação da comida”, disse o autor. 
Segundo Barcellos, o livro é também um “ato de resistência” contra a perda gradual do ritual da alimentação compartilhada na cada vez mais apressada sociedade moderna, que se contenta em comer com uma mão em 20 minutos, enquanto a outra é usada para dar prosseguimento ao trabalho. 
O Banquete da Psique advoga a tese de que o declínio da refeição caseira e a aceleração do ato de comer no cotidiano de casa, trabalho e nas ruas, bem como o advento da comida rápida (do tipo lanche de micro-ondas) levou ao declínio do rito da refeição. 
É na refeição compartilhada que as crianças aprendem a arte da conversação e adquirem os hábitos que caracterizam a civilização: repartir, ouvir, ceder, administrar as diferenças. Comer é, enfim, um ato cultural e simbólico. 
“Alimentar-se não pode ser um ato solitário. Se for, é apenas nutricional. Comer, do ponto de vista da alma, é também um ato emocional. Se a gente perde o momento da refeição compartilhada, perde-se, do ponto de vista psicológico, o aspecto ritual da alimentação. Com a extinção desse hábito, perde-se também o aprendizado da convivência e do compartilhamento”, disse Barcellos. 
Entre os exemplos de comidas “memorialistas” e que “aconchegam” e nutrem além do nível físico, o livro aborda como comidas da alma (soul food) os purês, pirões, polentas, mingaus e compotas que estão ligadas às raízes e tradições familiares e regionais. 
São comidas carregadas de lembranças felizes, como um breve recesso ao lar da infância. Essa comida caseira acrescida de toques de sofisticação ganhou de alguns chefs, em um impulso revisionista, o nome de “comfort food”. 
Um capítulo à parte do livro trata do “erotismo” dos alimentos doces. “A alimentação doce tem uma carga simbólica e de fantasia mais explícita e mais forte. Provoca mais fantasias, desejos, repulsa, impulsos. Tem uma carga emocional mais forte”, disse Barcellos. 
Em seu livro, ele trata o doce como um alimento passional, e a sobremesa como o momento mais delicado e luxuriante. “A nutrição doce é lúdica, explora e excita a criança arquetípica.”
A lição que fica ao final do livro é que existem mais coisa entre o garfo e a boca do que pode imaginar a nossa vã filosofia.

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

NUPARQ – Núcleo de Psicologia Arquetípica
O Núcleo de Psicologia Arquetípica é um espaço de estudos e reflexões que objetiva aprofundar e sistematizar conhecimentos na perspectiva arquetípica, ampliando um saber e uma prática junguiana.
Neste segundo semestre de 2017, o núcleo continua aberto a novos integrantes que queiram dar início aos estudos da Psicologia Arquetípica. A base de nossos estudos, também para este semestre, será o livro de James Hillman Psicologia Arquetípica, Um Breve Relato, tradução de Lúcia Rosenberg e Gustavo Barcellos, Editora Cultrix, São Paulo, 1983.
Esse livro foi escrito por James Hillman para constar como um verbete da Enciclopedia Italiana del Novecento, e as ideias principais da Psicologia Arquetípica estão nele apresentadas, de forma clara e didática. Nossa proposta é uma leitura mais acurada do livro como um roteiro, seguida de ampliações com outros textos, vídeos e reflexões.
Público alvo: este núcleo é aberto a profissionais e estudantes interessados na Psicologia Arquetípica.
Coordenação: Isabel F. R. Labriola e Léa F. Amato, membros analistas da SBPA.
Encontros quinzenais: sextas-feiras, das 11h30 às 13h.
Início: 4 de agosto de 2017.
Datas:
agosto – 4 e 18;
setembro – 1 e 22;
outubro – 6 e 27;
novembro – 10 e 24.
Inscrições: Enviar mini currículo para luciana@sbpa.org.br até 31 de julho.
Investimento: R$ 696,00 (8 encontros)
Número de vagas disponíveis: 2

terça-feira, 13 de junho de 2017

Colóquio Cidade e Alma

Coloquio Cidade e Alma

O Departamento de Psicologia Arquetípica da Associação Junguiana do Brasil-AJB, o Núcleo de Psicologia Arquetípica da Sociedade Brasileira de Psicologia Analítica-SBPA, o Instituto Mantiqueira de Psicologia Arquetípica – IMPAR e o Laboratório Paisagem Arte e Cultura - LABPARC - FAU-USP convidam arquitetos, urbanistas, psicólogos, psicanalistas e estudantes para o colóquio “Cidade e Alma” a fim de promover a discussão e a ampliação do entrelaçamento de alma e cidade.

Data: 20/10/2017
Local: Anfiteatro FAUUSP Sala 807

Acesse o link abaixo:

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Informações do Núcleo para o primeiro semestre de 2017

NUPARQ - Núcleo de Psicologia Arquetípica 

O Núcleo de Psicologia Arquetípica é um espaço de estudos e reflexões que objetiva aprofundar e sistematizar conhecimentos na perspectiva arquetípica, ampliando um saber e uma prática junguiana.

No primeiro semestre de 2017 o núcleo está abrindo vagas para dar início a novos estudos que terão como base o livro de James Hillman Psicologia Arquetípica, Um Breve Relato, tradução de Lúcia Rosenberg e Gustavo Barcellos, Editora Cultrix, São Paulo, 1983. 

Este livro foi escrito por James Hillman para constar como um verbete da Enciclopedia Italiana del Novecento e as ideias principais da Psicologia Arquetípica estão nele apresentadas, de forma clara e didática. 
Nossa proposta é de uma leitura mais acurada do livro como um roteiro, seguida de ampliações com outros textos, vídeos e reflexões, além da participação de colegas arquetípicos visitantes.

Encontros quinzenais: 6as. Feiras, das 11:30 às 13:00 hs.
Início: 10 de março de 2017.
Datas programadas:
Março – 10 e 24
Abril – 07 e 28
Maio – 05 e 19
Junho – 02 e 23

As inscrições para as vagas devem ser feitas enviando um pequeno currículo profissional e marcando uma entrevista para a exposição dos interesses na Psicologia Arquetípica, até 28 de fevereiro de 2017.

Aberto a profissionais e estudantes interessados na Psicologia Arquetípica.
Número de vagas disponíveis: 04

Coordenação: Isabel F. R. Labriola e Léa F. Amato.